segunda-feira, 2 de março de 2009

eu moro, tu moras, ele mora


Nada melhor que viver sob o mesmo teto para amar ou odiar alguém. Ou amar e odiar. Manhãs, tardes ou noites dividindo, compartilhando espaço, barulho, hábitos, comida, só pode acabar em amor e/ou ódio. Aquela sua amiga fala com doçura e tem um jeitinho encantador de sorrir. Que tal conviver com ela nos mesmos metros quadrados? Você não sabe, mas ela fica in-su-por-tá-vel na TPM e antipática quando alguém a perturba durante a novela das oito. Tem também o pai daquele seu amigo: moderno, risonho, culto, educado, carinhoso. "Não existe criatura mais agradável!", você pensa. Que tal usar o mesmo computador e a mesma cozinha que ele? O sujeito é maníaco por sites pornográficos e sempre libera flatos mal-cheirosos enquanto come. Mas você não sabia de nada disso e viveram infelizes para sempre. A convivência pode trazer maravilhosas descobertas. As chances para tanto são menores, porém, perfeitamente possíveis. Tolerância, solidariedade, bom-senso e lá estará o amor brotando delicado no "lar, doce lar". Egoísmo, má-vontade, desrespeito? Dim-Dom! Abra a porta, por favor, que o ódio chegou para morar conosco e trouxe com ele a gritaria, a raiva e o saco-cheio. No entanto se o lar é doce, mas o ódio toca a campainha de vez em quando, aí, com certeza, você mora com a sua família.

Um comentário:

Bernardo Guimarães disse...

Boa, Lulu, benvinda ao lar!