quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sim, o medo.


Nós estamos morrendo de medo, não é? É, é sim. Aquele medinho maldito de parecer tolo, medo da precipitação, medo por sentir esse "uau!" no corpo inteiro, medo do outro ouvir o coração que parece desesperado, de estar só nesse medo, de ser equivoco, de receber abraço frouxo, beijo insosso, medo de ser pouco pro outro. Sim, estamos morrendo de medo. Mas eu não me importo, meu querer tem privilégio: o privilégio do desejo... desejo de ficar bem perto de você.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Faz-de-conta.


Fingimos, disfarçamos, ocultamos. Sempre inibimos os sentimentos mais honestos. Somos coração batendo em desarmonia com o semblante, somos tentativa imbecil de orquestrar a vida. Somos paixão dissolvida, emoção enrustida. Somos a firula, o exagero. Somos o medo de ser, somos o mesmo clichê. Somos mentira, tanto eu quanto você.

Ah...


Ah! Seu afago! Seu carinho... Você! Se eu soubesse que aquele abraço seria o último, teria te abraçado mais forte.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Essa falta.


Eu sinto sua falta. Sinto falta de ver suas unhas roídas, de te ouvir falar, te ver calar... Sinto falta de estar com você em qualquer lugar, de conversar olhando em seu rosto, conversar, conversar, conversar... Sinto falta de você por perto. Sinto falta do meu celular tocar e ser você. Eu sinto falta de sentir sua falta. Sinto falta de quem só você pode ser.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

"Fiquei sabendo..."



Olha, vou te dizer uma coisa que para mim será um verdadeiro desabafo: eu gostava mesmo de você, gostava sim, e sempre demonstrei, simplesmente porque é muito prazeroso para mim demonstrar meu afeto para seus devidos donos. Para mim, você era super sensível, doce, do tipo que não simula... franca. Possuidora de algumas dificuldades "com o mundo lá fora" com as quais eu me identificava sinceramente. Penso que tais dificuldades até nos aproximava, porque para mim era como se você entendesse minha alma, compreendesse minhas aflições. Senti bastante a sua falta nesse nosso afastamento... Enfim! Desejo do fundo do meu coração que você segure bem forte na mão dessa pessoa que te fez "ficar sabendo", essa tal pessoa de conduta super confiável - hein?! -, desejo que pegue bem forte na mão dela (dele?) e vão para puta que os pariu!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ímpar


Me faço de auto-suficiente, mas a verdade é que é bastante difícil ser "mãe" e "pai". É difícil sobretudo quando meu filho adoece. É duro demais vê-lo debilitado e estar só. A ausência paterna, a inexistência da figura masculina, muitas vezes deixam um buraco, um vazio em mim. O homem para ponderar, amparar e, principalmente, proteger não está, não existe. Às vezes me sinto pedaço, metade, me sinto par dissolvido no que seria o nascimento de uma família. Sinto falta dessa presença, a  presença do pai, para compartilhar as responsabilidades, dividir os medos, unir forças. A omissão, o descaso, o desamor de um pai serão sempre lamentáveis.

domingo, 22 de abril de 2012

Imperceptível...?

Eu darei colo para minha amiga tristinha; me dedico em beijos extras quando meu pai está zangado; digo palavras doces para meu amigo de coração partido; sempre encho o meu pequeno de carinho quando se machuca; me esmero em fazer minha mãe sorrir quando está angustiada; faço até massagem especial em meus irmãos se me confessam um dia ruim, ou afago seus cabelos com muito amor se os percebo chateados... Se entendo que a pessoa ficará feliz, dou um abraço apertado e sincero - mesmo em quem nem simpatizo tanto assim. Mas, e quanto a mim? Quem me abraça?