sábado, 14 de fevereiro de 2009

Respire fundo e pule em seguida.


Minha mãe diz assim (É, sempre ela!): "Luciana, seu mal é a sua coragem!" Eu sorrio, debochada. E com um risinho mal-disfarçado no canto da boca, respondo: "Não, mamãe, não é bem assim..." Só para acalmá-la. É que mamães e papais entram em colapso nervoso quando ousamos, arriscamos, quando pulamos cheios da tal coragem num planeta desconhecido. Mas minha coragem tem valido à pena. Mesmo quando sou arremessada de volta sem piedade. Mesmo quando caio e fica difícil levantar. Mesmo quando me esborracho inteira. Mesmo quando dou de cara com a parede do "eu lhe avisei". E vale à pena, porque minha ousadia é cheia de esperança e tem boas porções de responsabilidade. E seja qual for o desfecho, meu coração berra com sotaque anglo-baiano: "Yes, I tried!".

Passou.


Ontem acordei péssima. Péssima, péssima, péssima. Zonza, esquisita, perdida. O dia estava lindo! Um solzão, o céu azul, lindo. E eu péssima. Vazia. Sentei no jardim, fumei, fumei, fumei e continuei perdidinha. Daí fui até o banheiro e me assuntei no espelho. Um horror. Caí no chuveiro, um banho longo, gostoso. Saí fresquinha, cheirosa e olhei sorrindo, cheia de carinho, para o rosto de todo mundo que estava por perto. Minutos depois já estava gargalhando com alguma abobrinha à minha volta.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Sempre colo os caquinhos.


Como disse minha sabida mamãe: "Minha filha, não se desespere, ninguém morre de amor!" A dor de amor pode ser imensa, parecer até infinita, mas vai passar. Os amores vem e vão, não é verdade? Acho que pode-se viver de amor, mas morrer de amor não deve acontecer fora do universo cênico. Seu coração está partido, despedaçado, mas a vida está boa, preciosa, as alegrias estão ao alcance. A dor de amor se esgota, o coração se regenera, e na alma trato de guardar as lembranças mais saborosas.

Euzinha da Silva


Sinto satisfação em ser do jeito que sou pela primeira vez. Isso só aconteceu agora, vividos 25 anos. Parece que me enxergo melhor... Havia algo em mim que me tornava permanentemente insegura. Insegura em qualquer aspecto. Mas estou tendo a impressão que o sentimento de insegurança pode fazer um tremendo estrago em nós mesmos. A insegurança é um sentimento como outro qualquer, mas não precisa existir, porque faz mal, é auto-destrutivo, impõe dificuldade para enxergarmos como somos realmente. Com esse sentimento nunca somos isso ou aquilo e pronto, somos sempre menos, sempre aquém, e o medo de "ser" angustia, confunde. Dia desses li uma frase (desconheço a autoria) que me levou para uma reflexão muito signifivativa: "Seu caráter é o seu destino". Me sinto satisfeita com o que sou, daí simplesmente sou.