quarta-feira, 15 de abril de 2009

Sem rumo


Queria poder estacionar minha vida. Parar, congelar. Enquanto isso eu arrumava minha cabeça. Eu correria por aí sem calçar nada, até machucando meus pés, mas achando graça mesmo assim. Eu choraria ali na esquina, molhada de suor e imunda, vivendo essa sensação. Eu deitaria no meio da rua, o lixo espalhado ao meu redor, divertido-me. Eu olharia para o céu, sentindo o sol esquentar as partes descobertas do meu corpo. Mastigaria quase todas as folhas da roseira que escapa pelas grades daquela casa. Deitada de volta na rua, suja e suada, afogaria minhas mãos em meus cabelos desajustados pelo chão e adormeceria de sorriso grande.

3 comentários:

Bernardo Guimarães disse...

respire fundo e...
VÁ FUNDO!!!

nana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

só não faz na frente de sua mãe. e depois conta como foi! ;)