terça-feira, 12 de maio de 2009

À minha linda amiga Ary.


Sinto sua falta todos os dias. Às vezes mais, às vezes menos, mas sempre sinto sua falta. De vez em quando converso com você, como se estivesse deitada do meu lado, e consigo ver seu rosto, suas caras, seu jeito de torcer a boca enquanto levanta as sombrancelhas, seu riso de quem sabe muito sobre mim. E daqui de longe me preocupo com você. Tento descobrir com a minha intuição se dormiu bem, se acordou feliz, se há alguma coisa esquentando sua cabecinha. Fico com ciúmes de todos que estão perto de você, só porque eles estão perto de você e eu não. Sinto saudade de compartilhar cigarros com você enquanto conversamos. Os cigarros acabavam e a conversa continuava. Sinto saudade das nossas conversas infinitas, ouvindo músicas que também pareciam infinitas. Eu sinto falta de você.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Essa surpresa.


Eu estou impregnada de você. Dormi mal, mas acordei exatamente assim... Uma alegria esquisita, incontida. Tão real e melhor que qualquer sonho. Já até sinto sua falta e uma vontade de deixar minha mão grudada na sua.

Téo


Te amo tanto e tão completamente que o meu coração pula feliz ouvindo sua vozinha gritando "Luxiana!". Quero ficar sempre perto de você, mesmo quando você não trocar mais o "c" pelo "x", mesmo quando você não fizer mais birra para tomar banho, mesmo quando você não achar mais a menor graça na minha estória da lagartixinha maluca e a mosquinha sabida. Amo você sempre e para sempre.

Que chegue logo o "depois".


Me sinto torta, em erro constante, como aquele quadro na parede que teima em ficar assimétrico. Me sinto infantil, anacrônica, tola e teimosa. Me sinto culpada.

Lobo Mau III


Chapeuzinho passeava distraída ouvindo seu MP3 quando por ela passaram correndo Bela Adormecida, Branca de Neve, Cinderela, Wendy, Fada Sininho e Rapunzel em direção ao precipício e pularam, todas quase ao mesmo tempo, desesperadas de paixão pelo Casanova da floresta. O Lobo Mau chegou esbaforido e, apavorado por perder seu time de bajuladoras, pulou em seguida. Chapeuzinho, aflita, sacou seu celular e ligou para o SAMU, que chegou depressa. Mas era tarde demais e morreram todos. Um suicídio coletivo. Chapeuzinho, olhando o Lobo-bobo espatifado lá embaixo e inspirada em Cazuza, sussurrou: "Seu amor era uma mentira que a minha vaidade quiz". Guardou o celular em sua cestinha e continuou seu passeio assoviando pela floresta.

sábado, 2 de maio de 2009

Tudo de novo novamente outra vez.


Acho antipática a repetição das coisas simples e cotidianas. Aquela barriga vai virar aquele nenem enrrugado, o cigarro vai virar bagana, vai chover em março, sua mãe fará as cobranças de sempre, o maldito vizinho vai ouvir "Vitor & Léo" a terde inteira, a turma vai estar naquele mesmo bar na sexta-feira, o último capítulo da novela das oito não te surpreenderá, seu cachorro vai fazer festa quando você chegar, aquele casal vai terminar o namoro outra vez por causa do Orkut, seu irmão vai falar de novo daquele assunto que te magoa, todo mundo vai comprar aquele celular idiota e toda noite você vai pensar que será bem mais feliz no futuro. Vidinha mais sem graça...